Arquivo de Artigos

Velório do psiquiatra José Angelo Gaiarsa acontece no cemitério São Paulo

16/10/2010 21:58
16/10/2010 - 18h JAMES CIMINO DE SÃO PAULO Morreu neste sábado (16) aos 90 anos o médico psiquiatra José Angelo Gaiarsa. Segundo sua neta Laura, Gaiarsa morreu por volta das 5h enquanto dormia. A família ainda não sabe a causa da morte. O velório está ocorrendo desde as 14h no cemitério São...

Felipe, ex-goleiro do Corinthians, é acusado de ter agredido sua mulher

07/10/2010 03:18
Mais uma notícia de agressão à uma mulher que está para ser encoberta ou para que se torne outra fonte atenção da mídia. Por essa matéria, salvo engano, já dá para especular o que vem por aí.   Comecemos pelas formas de tratamento para a moça, Letícia Carlos, bem variadas, em relação ao pivô...

Artigo "Repulsa ao Sexo"

23/09/2010 00:19
Olás, querid@s visitantes!! Abaixo segue um artigo muito interessante que discute como nossa sociedade ainda pratica a ambiguidade como justificativa para o que se apresenta como fato: o aborto é problema de saúde pública e é uma questão ainda pautada em frágeis - e duvidosas - teses...

Super-heróis de hoje têm influência negativa em meninos, diz estudo

20/08/2010 22:33
Pois então, como eu venho dizendo já faz bastante tempo, a nossa cultura material que produz essas preciosidades tem reforçado o apartheid de gênero com as famigeradas seções "rosinha" e do "espanto" nas lojas de brinquedos para crianças. Mais estudos que se preocupam com a questão vem ganhando...

Dependência econômica impede que vítimas deixem parceiros violentos, diz estudo

18/07/2010 00:52
Daniela Fernandes De Paris para a BBC Brasil   Centenas de milhares de vítimas de violência doméstica na América Latina permanecem nos lugares onde sofrem maus tratos porque não têm opção de moradia, segundo o estudo de uma ONG com sede em Genebra, na Suíça, divulgado nesta sexta-feira...

Sinais avisam que o amado pode virar algoz, afirmam especialistas

18/07/2010 00:35
  RENATA RODE Colaboração para o UOL   "Taty, eu amo o Rodrigo, sei que ele me bate porque tenho alguma culpa nisso tudo." Esse é um trecho do e-mail enviado pela médica paulista Glaucianne Hara, dias antes de sua morte. Ela conversava com sua psicanalista e amiga, Tatiane Mendes,...

Pesquisas apontam estresse maior em casa do que no trabalho. E as mulheres são as maiores vítimas.

26/06/2010 13:16
Notícia publicada no Jornal da Cidade de Bauru (26/06/2010), descreve os resultados de uma pesquisa realizada com base em dados publicados em 2009, sobre o Mutirão do Coração.   "Mutirão da Saúde aponta estresse maior em casa do que no trabalho       As pessoas...

Aborto: quem já fez é casada, tem religião e filho

21/06/2010 18:03
      Pesquisa revela perfil de quem já abortou. Dados serão usados para definir novas políticas públicas Priscilla Borges, iG Brasília | 31/05/2010 17:27   As mulheres que realizam aborto no País não são muito jovens, solteiras e sem religião. Um estudo realizado pela...

Livro conta alguns dos maus momentos vividos pelas mulheres na luta contra a ditadura no Brasil

20/06/2010 12:34
"Livro revela as guerrilheiras brasileiras por MÁRIO CÉSAR CARVALHO AF       Há um cadáver escondido no armário da esquerda. Foi um acidente, ao que tudo indica. Uma militante da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) aprendia a montar e desmontar um revólver quando,...

Aviso @s Navegantes!!

03/06/2010 21:11
Neste espaço você encontra dicas de eventos, além de matérias que possam ser interessantes para uma boa discussão.      
Itens: 11 - 20 de 20
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    Não é bem assim, mesmo. Afirmar que apenas as mulheres sentem-se mal por deixar os filhos pequenos para irem trabalhar - e que isso é biológico - e que se derem opção de escolha a elas, irão preferir trabalhar menos...
 
    Enfim, construções como essas só atrapalham os avanços que outros estudos demonstram e cuja prática comprovam que tanto homens quanto mulheres podem querer trabalhar mais ou menos, ausentar-se da casa com maior ou menor intensidade, tendo ou não filhos pequenos. O que varia é o grau de poder coercitivo que se exerce sobre um deles e o poder que cada um deles exerce dentro do núcleo familiar. Que algumas ou muitas mulheres gostem de ficar com os filhos não significa que tenham que ser preteridas pela sociedade em seus direitos de igualdade de salários e de reconhecimento pelo desempenho de suas funções.
 
    Falar em gênero pressupõe tratar de atribuições e ideologias que cercam homens, mulheres, gays, lésbicas, transsexuais e bissexuais sem que para isso se excluam  ou se tratem com as antigas determinações binárias homem versus mulher.
 
    Essa "ex-feminista" poderia ser uma ótima pesquisadora se estudasse o feminismo e as relações de gênero mais a fundo, dentro das ciências humanas, sobretudo da história, e não dentro dos determinismos biológicos que a fala dela deixa transparecer. 
 
abraços,
Lílian
 
 
21/03/2010 - 13h40

Mulher é mais feliz quando reconhece diferenças de gênero, diz cientista

RICARDO MIOTO
da Folha de S.Paulo

Após abandonar o feminismo, a psicóloga Susan Pinker adotou um novo olhar sobre as diferenças biológicas que existem entre os sexos. Para ela, o movimento foi bom por ter dado liberdade de escolha às mulheres, mas errou ao afirmar que todas as distinções de gênero eram socialmente construídas. Em seu novo livro, "O Paradoxo Sexual", ela defende que salários de homens costumam ser maiores hoje não por discriminação no mercado, mas porque eles priorizam mais isso.

Professora da Universidade McGill, de Montréal, a canadense Susan Pinker segue a mesma linha de pesquisa que seu irmão Steven. Ambos buscam entender a mente humana no contexto da evolução. Em entrevista à Folha, ela conta por que sente pena de Lawrence Summers, reitor da Universidade Harvard que perdeu o cargo acusado de machismo.

Folha - Seu livro fala sobre mulheres em empregos com bons salários, mas que as afastavam dos filhos, tornando-as infelizes. Por que elas quiseram anonimato?
Susan Pinker - Acho que as mulheres que fazem essa escolha ainda estão envergonhadas de não estar agindo como homens. Mas não podemos esperar isso delas. Elas não são homens.

Folha - Como assim?
Pinker - Existe a expectativa, no Ocidente, de que mulheres devem voltar a trabalhar normalmente quando seus filhos ainda são pequenos sem que se sintam mal por isso. Mas essa angústia tem razões biológicas. Se você der liberdade de escolha, mulheres vão querer trabalhar menos enquanto seus filhos forem novos. Na América do Norte e na Europa, entre as empresas que oferecem aos seus funcionários trabalhos em meio período, 89% dos que aceitam são mulheres. Isso oferece às mulheres mais tempo não só para os seus filhos, mas para seus outros interesses.

Folha - Ganhar um salário menor é o preço que as mulheres pagam para satisfazer seus sentimentos?
Pinker- Sim. Fui entrevistada por uma jornalista na Holanda, onde há leis que dizem que, se você quer trabalhar só meio período, não pode ser demitido. A maioria das mulheres na Holanda não trabalham o dia inteiro, tendo filhos ou não. Essa jornalista trabalhava só quatro dias por semana. Ela dedicava as sextas para tocar piano, e achava que não seria feliz sem isso. Então não se trata apenas de cuidar dos filhos, mas também de ter uma vida mais equilibrada. Para as mulheres, a vida não é apenas trabalho, salário e promoções, ao contrário do que pensam muitos homens, que acham que tudo isso vale a pena quando compram um novo carro. Incomoda a muitos deles pensar que outras pessoas estão ganhando mais dinheiro, que moram em um lugar mais legal. São mais competitivos, gostam mais de assumir riscos. Não todos, mas eu diria que 75% dos homens são assim.

Folha - Ou seja, não é regra.
Pinker - Eu sempre deixo claro que cada pessoa é um indivíduo único. Ciência é estatística, pessoas são únicas. Então, quando você estuda ciência, está analisando probabilidades. Sempre existirão exceções. Compare com a altura. Em geral, homens são mais altos, mas existem várias mulheres mais altas do que muitos homens.

Folha - Mas ainda existe muita resistência à ideia de que as diferenças entre os gêneros não são apenas socialmente construídas.
Pinker - As mulheres foram discriminadas por tanto tempo que as pessoas têm uma aversão à ideia de que existe uma diferença natural, biológica. Acham que falar sobre diferenças é voltar a pensar como antigamente, quando, na verdade, não tem nada a ver com discriminação. É bobo ignorar as evidências científicas porque você tem medo do que elas vão dizer.

Folha - Mas pode soar como "acabou a festa, todas de volta para a cozinha, os afazeres domésticos"...
Pinker - Estou muito longe dessa mensagem. O que acontece de bom quando as mulheres aceitam que existem diferenças biológicas naturais é que elas se sentem muito menos isoladas com seus sentimentos. Se ignoramos as diferenças, estamos forçando mulheres a assumir cargos e trabalhos nos quais boa parte delas não serão felizes, talvez como executivas ou engenheiras. Muitas mulheres me disseram: "Graças a Deus você fez esse livro. Eu achava inaceitável aquilo que eu sentia". É difícil para elas gostar de trabalhar com pessoas, mas saber que empregos assim não são tão bem pagos quanto os que envolvem lidar com "coisas", como engenharia. A maioria das mulheres gosta de trabalhos como assistência social, pedagogia, profissões na área de saúde, mas salários nessas áreas costumam ser menores.

Folha - Mas, se as mulheres gostam de áreas que pagam menos, não há nada a fazer, então?
Pinker - Precisamos remunerar melhor as mulheres pelos trabalhos que elas preferem. Ou seja, começarmos a pagar aos professores tanto quanto pagamos aos engenheiros. Muitas mulheres esperam que as suas conquistas sejam reconhecidas sem que tenham de pedir aumentos. E, por isso, têm menos chances de ver os seus salários subindo. Se eu sou um chefe e recebo um homem em meu escritório dizendo "veja o que estou fazendo, eu mereço um salário maior", tenho mais propensão a oferecer um aumento a ele do que a outra pessoa que faz o seu trabalho sem reclamar.

Folha - O que a sra. pensava sobre as diferenças de gênero quando era jovem? Leu Simone de Beauvoir?
Pinker - Sim, claro, como todo mundo naquela época. Estamos em um ponto alto do movimento feminista. Quando eu estava na universidade, no final dos anos 1970 e começo dos 1980, a expectativa era que homens e mulheres fossem idênticos, que nós deveríamos fazer as mesmas coisas, trabalhar a mesma quantidade de horas, no mesmo tipo de emprego, ter o mesmo tipo de vínculo emocional com o trabalho doméstico e com as outras pessoas. Eu acreditava muito nisso, li todos os livros das principais feministas. Foi só quando eu fui trabalhar e quando meus filhos nasceram que percebi que havia um buraco entre a minha abordagem intelectual do assunto e os meus sentimentos.

Folha - Então deveríamos agora esquecer "O Segundo Sexo" [livro de Simone de Beauvoir, de 1949, marco do feminismo]?
Pinker- "O Segundo Sexo" era interessante em sua época, mas está ultrapassado. A ciência avançou muito desde então. Não tínhamos ressonância magnética nem o mapeamento do genoma humano, não sabíamos metade do que sabemos hoje. Hoje estamos entendendo como os hormônios afetam os comportamento humano.

Folha - Como foi a experiência da sra. em um kibutz?
Pinker - Eu tinha 19 anos e fiquei um ano num kibutz porque eu era socialista. Era um lugar interessante para perder noções irrealistas. Existiam trabalhos que a maioria das mulheres não queriam fazer, que exigiam muito esforço físico ou eram perigosos. Existia uma divisão natural de trabalhos por sexo, ainda que os kibutzim tivessem sido planejados para que isso não existisse.

Folha - Quando Summers perdeu o cargo em Harvard após dizer que a falta de mulheres em ciência é questão de aptidão, o que a sra. pensou?
Pinker - Foi assustador, porque eu tinha acabado de decidir escrever o meu livro quando vi o que aconteceu a esse pobre homem. Ele foi atacado simplesmente por comentar as evidências que a maioria das pessoas que trabalham com biologia e antropologia evolutiva vêm dizendo há anos.

LIVRO - "O Paradoxo Sexual", de Susan Pinker
Best Seller, 402 págs., R$ 42,90